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CONCEITO DE ALTAS HABILIDADES

O que são Pessoas com Altas Habilidades?

Quais são essas Altas Habilidades?

Muitas pessoas não sabem o que vem a ser essa necessidade educacional especial. Os professores acabam achando que são crianças “prontas”, que já sabem tudo ou que tem a habilidade de aprender tudo.

Muitos sofrem discriminação nas escolas e são tachados de “CDF”, “nota 10 em tudo”, “exibido”, dentre outras formas de rotulação que lhes são dadas. Alguns professores até os consideram problemáticos, por serem questionadores e não admitirem respostas infundadas, ou regras sem fundamentação lógica, por isso às vezes sofrem perseguições inclusive dos próprios professores por terem um sentimento de “inveja”, “desprezo” ou “revanche”.

A Organização Mundial de Saúde calcula que cerca de 3,5% a 5% de toda a população mundial possua alguma categoria de Alta Habilidade. É necessário que se compreenda quem são e como tratá-los para que se desenvolva uma educação humanitária que tem como princípios a igualdade e o respeito.

Atualmente, não existe uma concordância entre os estudiosos sobre o que seria a superdotação ou altas habilidades. Um dos conceitos mais citados vêm de Joseph Renzulli, que criou a teoria dos três anéis.

Este conceito atribui aos Portadores de Altas Habilidades um conjunto constante de características que se mantém estáveis ao longo de suas vidas. Habilidade acima da média, alta criatividade e um grande envolvimento com as tarefas, ou seja uma alta motivação. Estes grupos se entrelaçam entre si e precisa haver uma interseção destes três "anéis" para que se possa afirmar que alguém é portador de altas habilidades

Renzulli define as Altas Habilidades em duas categorias distintas, a superdotação acadêmica e a produtivo criativa. A primeira é facilmente identificada pela realização de testes de QI, pois tem relação com a aprendizagem de conteúdos, principalmente com as áreas lingüísticas ou lógico-matemáticas. A respeito dos alunos com Altas Habilidades que possuem nessa categoria Stobäus e Mosquera (orgs.), 2004 dizem que:

O seu desenvolvimento tende a enfatizar a aprendizagem dedutiva, o treinamento estruturado no desenvolvimento dos processos de pensamento e a aquisição, armazenamento e recuperação das informações

Já a segunda relaciona-se com a criação do ser humano e sua criatividade, sendo quase impossível medi-la pelos atuais testes de QI. Geralmente o possuidor dessa categoria de Altas Habilidades, trabalha nos problemas e áreas que têm relevância para ele

A pessoa com Altas Habilidades produtivo-criativa geralmente se destaca por ser mais questionadora; extremamente imaginativa e inventiva e dispersiva, quando a tarefa não lhe interessa, não apreciando a rotina e tendo modos originais de abordar e resolver os problemas, pelo que muitas vezes tem baixo desempenho e falta de motivação.

Ainda sobre a pessoa com Altas Habilidades produtivo-criativa é importante ressaltar que como dificilmente podem ser identificados pelos atuais testes de QI, acabam por não serem tratados como PAH (pessoa com Altas Habilidades), e como desenvolvem-se mais nas áreas de criação, que não é muito contemplada pelos sistemas educacionais atuais e currículos, tende a ter um baixo rendimento escolar.

Um outro estudo pode ser relacionado com a teoria de Renzulli, é o estudo de Gardner (2005) sobre os tipos de inteligência, que são: inteligência lingüística, inteligência lógico-matemática, inteligência espacial, inteligência musical, inteligência sinestésica, inteligência interpessoal, inteligência intrapessoal, inteligência naturalista e inteligência existencial ou espiritualista.

 Segundo Gardner (2005), um indivíduo pode desempenhar bem atividades relacionadas a um tipo de inteligência e atividades de outras inteligências não, de forma que seu rendimento escolar pode ser comprometido.

 Muitos estudos e pesquisas definem que o aluno com altas habilidades nem sempre pode ser identificado por obter um escore superior a 120 ou 130 nos testes tradicionais de QI.

 Segundo o Ministério da Educação (2001), nas Diretrizes Nacionais para a Educação Básica, podem ser consideradas superdotadas as crianças que:

 apresentam notável desempenho e elevada potencialidade em qualquer dos seguintes aspectos, isolados ou combinados: capacidade intelectual geral, aptidão acadêmica específica, pensamento criador ou produtivo, capacidade de liderança, talento especial para artes e capacidade psicomotora. (MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, 2001).

 Todos os conceitos citados concordam na questão de que a superdotação ou Altas Habilidades colocam o aluno em uma posição de destaque, seja na superdotação acadêmica, quando o aluno tem uma grande capacidade de assimilação do conhecimento na sala, ou na superdotação produtivo-criativa, onde o aluno usa da criatividade com muita habilidade, e que nem sempre é contemplado nos currículos escolares com essa capacidade.

 Uma questão polêmica merece destaque nessa pequena resenha, diz respeito á educação dessas crianças com Altas Habilidades, pois muitos acham que elas já chegam prontas para aprender, ou já sabem de tudo e são boas em tudo, isso é um mito, pois como qualquer criança necessitam de um acompanhamento sério e competente. Cabe ao professor deixar de lado seus paradigmas e entender a criança como ser humano.